Fatos Históricos
Adv. Raymundo Penha Forte Cintra
Assim como a existência humana é marcada por fatos
relevantes, também a vida das cidades é assinalada por fatos
importantes. Entre estes, sem dúvida, destaca-se a sua fundação e as
pessoas que contribuíram para o início da nossa cidade. Botucatu, no dia
14 de abril de 1997, comemorando o 142º aniversário de sua emancipação
político-administrativa, redimiu-se de uma culpa que há muito lhe
pesava.
O Prefeito Municipal Sr. Pedro Losi Neto, apoiado nessa sua
iniciativa pela Câmara Municipal, determinou, que nas comemorações
dêste ano, fossem incluídas merecidas homenagens à figura do Cap. José
Gomes Pinheiro, doador das terras e fundador de Botucatu, que hoje brilha
na constelação das grandes cidades deste imenso Brasil.
A solenidade da
apresentação da majestosa estátua à população contou com a presença
de autoridades, descendentes do homenageado e grande massa popular. Estava
presente também a nossa Banda Municipal, que leva o nome de um dos
descendentes, “Dr. Damião Pinheiro Machado”, que com seus acordes
tornou a festa cívica muito alegre. No cemitério “Portal das Cruzes”,
em mausoléu da família Pinheiro Machado, deu-se a solenidade de
translação dos despojos do Cap. José Gomes Pinheiro, trazidos de
Araçoiaba da Serra pelo seu Prefeito Municipal e sendo entregue ao
Prefeito de Botucatu, com a bênção realizada pelo nosso amigo e
Arcebispo Emérito, D. Vicente Marchetti Zioni.
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Nós, trinetos do
homenageado e procurando interpretar o sentimento de todo o clã, queremos
expressar publicamente os nossos comovidos agradecimentos pelas homenagens
prestadas ao nosso ilustre ancestral e fundador de nossa cidade,
cumprimentando o Sr. Pedro Losi Neto, juntamente com os seus dinâmicos
assessores Mário Perini Pascucci e Rabib Neder, bem como o Srs.
Vereadores, pela maneira grandiosa como foi resgatada a memória de José
Gomes Pinheiro, reverenciando no bronze o grande vulto de fundador de
Botucatu e trazendo os seus despojos para o seio da terra onde viveu.
Parabéns, Sr. Prefeito Pedro Losi Neto!
Parabéns, Câmara
Municipal! Missão cumprida!
Jornal de Botucatu - 18/19 de abril de 1997 |
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Restos Mortais de Anna Florisbella serão trazidos a
Botucatu
Os restos mortais de Anna Florisbella, esposa do
Capitão José Gomes Pinheiro, doador das terras que deram origem ao
município de Botucatu, também deverão ser enterrados no Cemitério
Portal das Cruzes. A idéia partiu do escritor botucatuense Francisco
Marins, autor, entre outros, do livro “Clarão na Serra”. A
publicação conta a história da cidade.
A sugestão foi feita durante as
solenidades de aniversário de Botucatu, foi prontamente aprovada pela
família.
Os restos de Anna Florisbella encontrava-se no cemitério na
capital paulista.
Marins acredita que tal ato estará fazendo justiça com
a esposa do capitão Gomes Pinheiro. “Assim, nós estaremos reparando
esta missão que, é muito importante para novamente juntar o casal”,
justificou o escritor. Marins contou ainda que, foi imposição de Gomes
Pinheiro a escolha do nome da Padroeira de Botucatu (Sant´Anna) em
homenagem a sua esposa.
Francisco Marins adiantou, que a homenagem deverá ter o vulto que merece.
“Nós pretendemos fazer uma grande festa para
comemorar a chegada dos restos mortais de Anna Florisbella. Assim como seu
esposo, ela também teve participação fundamental na fundação de
Botucatu”, concluiu o escritor.
Importância - Francisco Marins foi um dos oradores escolhidos pela família para falar durante a solenidade de
inauguração da estátua de José Gomes Pinheiro. Ele ressalta a importância didática do evento. “Nós estamos ensinando a juventude botucatuense a reconhecer o valor histórico do fundador da cidade”, disse.
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O escritor se diz privilegiado por ter em seu acervo o Translado da
Escritura de Doação pela qual Gomes Pinheiro designou as terras que ele
queria que fossem destinadas ao patrimônio de Botucatu. “Foi neste
documento que ele coloca a condição de que a Padroeira do Município
fosse Sant´Anna”, afirmou.
Obs.: Durante o discurso e bençãos do
Arcebispo Emérito de Botucatu- Dom Vicente Marchetti Zioni- no jazigo da
Família Pinheiro Machado, durante o sepultamento do Capitão José Gomes
Pinheiro, o mesmo também sugeriu que os restos mortais de Anna
Florisbella deveriam ser trazidos para Botucatu, para novamente unir o
casal.
Após tais sugestões do Dr. Francisco Marins e do Arcebispo de
Botucatu Dom Vicente Marchetti Zioni, a primeira dama Valéria Losi
depositou os restos mortais do Capitão José Gomes Pinheiro no jazigo da
Família Pinheiro Machado no Cemitério Portal das Cruzes de Botucatu.
Jornal de Botucatu - 22/23 de julho de 2000
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Sant’Anna - Padroeira da Fé
Por Olavo Pinheiro Godoy -Presidente do Centro Cultural
de Botucatu
Quando o capitão José Gomes Pinheiro doou as terras
para a constituição da freguesia de Botucatu, doou-as ao patrimônio de
Sant’Anna em singela homenagem à sua esposa Anna Florisbella Machado de
Oliveira e Vasconcellos.
No correr dos anos, das lutas e das conquistas de
nosso povo, Sant’Anna tem sido a luz mais preciosa, luz que nunca se
apaga. e nossa herança histórica de fé que nos mantém na luta.
Generosa na missão que lhe coube: ser mãe! Atuante na caridade e na paz,
pensando em que nada se perde naTerra do que se cumpre conforme a vontade
de Deus. Não se tem notícia de sua existência pelos Evangelhos, mas
pelo Proto-Evangelho de São Tiago e outros escritos apócrifos. Segundo a
tradição acolhida pelos Santos Padres, era filha de Natã, sacerdote
belemita, e de Maria.
Sant’Anna a mãe da virgem Maria.Casou-se com
Joaquim, descendente de David, sendo estéril durante muitos anos. Por
fim, foram ouvidas suas orações e em idade avançada tornou-se mãe de
Maria, que ela e o esposo consagraram ao Senhor, levando-a ao Templo,
desde tenra idade.
O culto que se rende a Sant´Anna data do séc. VI, no
Oriente, e desde o séc. VIII, no Ocidente. No séc.X IV, sua festa foi
decretada por UrbanoVI para a Inglaterra (1378 ). Gregório XIII tornou-a
extensiva a toda a Igreja em 1584 - festa essa comemorada a 26 de julho.
Anna Florisbella trouxe para o sertão de Botucatu. antiga imagem do séc.
XIX. Essa relíquia pertencia ao inesquecível escritor e folclorista
Alceu Maynard de Araujo. o qual legou ao romancista Francisco Marins, que
a conserva até hoje.
A imagem de Sant’Anna!
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Que outra relíquia, para
os botucatuenses, terá mais valor?
Para adornar o altar-mór da antiga
igreja matriz, o Coronel Nenê Cardoso mandou vir, em 1898 de Portugal,
rica imagem, toda trabalhada em carvalho.Em 1943, o industrial Pedro Losi
doou uma bela imagem de Sant’Anna de 2,20 m de altura, também destinada
à nova e atual catedral metropolitana.
O poeta e escultor Walter dos
Reis, autor de “Prá Lembrar Botucatu” e “Trilhando o Peabiru” com
arte e lavor, esculpiu bela imagem em madeira de lei que, posteriormente,
doou ao acêrvo do Centro Cultural de Botucatu.
Durante o transcorrer de
nossa história. Sant’Anna, mãe de Maria e avó dc Cristo, tem ajudado
o povo a fortalecer, no seu antigo altar, a Fé. Não a Fé estrábica,
daltônica. Esta merece jazer no pó, mordida pelos vermes. Mas a Fé
auxiliada pela razão, de São Tomás de Aquino.
Na semana em que
comemoramos o seu dia, Sant´Anna iluminou os dcscendentes da família
Pinheiro Machado, e graças ao empenho de Cesar José Maria Ribeiro e
Paulo Pinheiro Machado Ciaccia, os restos mortais de Anna Florisbella
foram transladados do cemitério da Consolação (SP) e repousará,
eternamente, ao lado do esposo Capitão José Gomes Pinheiro.
No afirmar
de Elda Moscogliato, “não podemos prescindir de sua presença, ela que
foi na longa e bela galeria das Mulheres Ilustres de Botucatu, a
célula-mater deste povo bom, nobre, educado e progressista.
Jornal A Cidade - 26 de julho de 2000
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Família consuma o traslado de Anna Florisbella
Ontem pela manhã, no Cemitério Portal das Cruzes, a
família Pinheiro Machado e descendentes de Botucatu transferiram,
definitivamente, para o mausoléu da família, os restos mortais de Anna
FlorisbelIa, esposa do Capitão José Gomes Pinheiro. Por volta das 10
horas da manhã um conjunto de 50 pessoas, mais ou menos, representativo
dos vários segmentos culturais, administrativos e religiosos de Botucatu,
acompanhou, cerimonioso, à transferência da pequena urna, para dentro do
jazigo.
Durante a cerimônia, aberta com a execução da Ave Maria, por um
dos clarinetistas da Coorporação Musical Damião Pinheiro Machado,
falaram o senhor Cesar Ribeiro, representando a família de Anna
Florisbella, o escritor e romancista Francisco Marins - cujas palavras
relembraram os fatos históricos mais marcantes da vida de Anna
Florisbella - e, por fim, procedeu-se à benção dos despojos, com os ofícios
sendo celebrados pelo pároco de Santana, Pe. Orestes. |
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Presentes à cerimônia
estavam, também, o genealogista da família Paulo Pinheiro Machado
Ciaccia, e o Padre Edmilson José Zanin, representando sua excia. Dom
Antonio Maria Mucciolo, arcebispo da arquidiocese de Botucatu,
impossibilitado de estar presente.
Ainda, entre os presentes estavam vários
membros da família Pinheiro Machado, entre eles o presidente do Conselho
Deliberativo do Centro Cultural Raimundo Penha Forte Cintra, o presidente
daquela entidade Olavo Pinheiro Godoy, ao lado de representantes do poder
público, a secretária da Cultura, Cristina Omodei Coelho Gomes, a
primeira dama Valéria Losi e o Prefeito Municipal, senhor Pedro Losi
Neto.
Jornal A Gazeta de Botucatu - 28 de julho de 2000
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Restos de Anna Florisbela já estão no jazigo da família
Na manhã da última quinta-feira, 27 de julho,
descendentes da família Pinheiro Machado reuniram-se no Cemitério Portal
das Cruzes, para acompanhar o ato final do translado dos despojos de Anna
Florisbella, esposa do Capitão José Gomes Pinheiro, fundador do município.
Tendo sido levantada pela primeira vez, há vários anos, a idéia de
trazer para Botucatu os restos mortais de Anna Florisbella, foi
implementada pelos botucatuenses Paulo Pinheiro Machado Ciaccia e Cesar
Ribeiro. Durante o ano que passou, os dois botucatuenses prepararam o lançamento
de duas obras que versam sobre a história da família. A primeira, sobre
a vida do Capitão José Gomes Pinheiro, escrita pelo presidente do Centro
Cultural Olavo Godoy e a segunda, uma genealogia da família Pinheiro
Machado, escrita pelo próprio Paulo. Ambas foram lançadas este ano, por
ocasião do aniversário da cidade. Precedente à idéia do lançamento
das obras, o translado dos despojos de Anna Florisbella, precisou esperar
mais algum tempo para realizar-se. Na quinta-feira, finalmente aconteceu,
com a presença de autoridades. Estiveram também, além da família, o
representante do Arcebispo Metropolitano Dom Antonio, Pe. Edmilson Zanin,
o pároco de Santana,Pe. Orestes,a
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secretária da Cultura Cristina
Omodei, o Prefeito Municipal Pedro Losi Neto e esposa, Valéria Losi. No
evento, o romancista botucatuense Francisco Marins, falou sobre os
principais fatos da vida de Anna Florisbella. Neste particular, presentes
à cerimônia, alguns membros da família Pinheiro Machado lembraram que
partiu do próprio Marins e da acadêmica Elda Moscogliato (já falecida)
a idéia de transladar os restos mortais de Anna Florisbella, para fazê-la
repousar, definitivamente, ao lado do marido, o Capitão José Gomes.
Cesar Ribeiro falou em nome da família, enfatizando o trabalho realizado
durante o ano que passou e este e da satisfação de todos na conclusão
do objetivo, com sucesso.
www.botucatuonline.com.br -
29 de julho de 2000
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100 anos para todo mundo, uma história para cada
gosto!!!
Botucatu comemora, a 14 de abril de cada ano, a sua
Emancipação Político-Administrativo, quando a Freguesia virou vila, em
1855.
Para os botucatuenses de antigamente, entretanto, as datas
comemorativas viviam mudando. Essa interessante história começou em
1937, quando a Câmara aprovou um projeto de resolução do vereador e
jornalista Manoel Deodoro Pinheiro Machado, definindo que Botucatu
passaria a comemorar, com feriado municipal, a data de 19 de fevereiro. Em
sua defesa o vereador argumentava, na sessão de 15 de fevereiro daquele
ano: “O projeto que tive a honra de subscrever com o meu colega dr.
Nestor Seabra, vem reparar uma lacuna, considerando feriado a data de 19
de fevereiro, e comemorando-se dessa forma, o dia da fundação de
Botucatu...”
E assim se fez. Daquele ano em diante, comemorou-se com
feriado municipal o dia 19 de fevereiro como o da Fundação da cidade de
Botucatu.
Tudo caminhou como a resolução da Câmara preconizava: feriado
e comemorações em 19 de fevereiro, e a cidade já se preparava para
comemorar os seus 100 anos, quando em 1943, uma Resolução de
Congratulações, aprovada pelo Conselho Nacional de Geografia é enviada
ao prefeito de Botucatu. Essa resolução, levou o número de 32 e
datou-se de 23 de novembro daquele ano. Respaldado em seu prestígio o
Conselho fixava a data de 23 de dezembro (referindo-se ao longínquo 1843,
data em que o Cap. José Gomes faz a doação para formar o patrimônio de
Santana), como a mais legítima para se considerar de fundação da
cidade. E dava os parabéns ao prefeito pelo Centenário próximo.
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César José Maria Ribeiro e Paulo Pinheiro Machado Ciaccia, trinetos do Capitão José Gomes, requereram à Prefeitura de Botucatu a regularização das datas, nas plantas comemorativas
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Botucatu passou a ter um feriado, todos os anos, em 19 de fevereiro (que
respeitava a data da criação da Freguesia em 1846) e a comemorar numa
outra data , 23 de dezembro (respeitando a Resolução do Conselho
Nacional de Geografia que validava o ano de 1843) como a verdadeira na
fundação de Botucatu.
Essa questão arrastou-se até o ano de 1952,
quando o prefeito Emilio Peduti, resolveu-se por uma terceira data, 14 de
abril (decidindo-se por comemorar a emancipação política, acontecida em
1855). Em 14 de abril Emílio Peduti sancionou a lei instituindo o “Dia
do Município de Botucatu”.
Dois anos depois, ele mesmo, pela portaria
672 de 5 de maio de 1954, definiu e criou as Comissões para preparar a
Comemoração do Primeiro Centenário da Criação do Município.
Revista da História - Especial 147 anos de Botucatu
-
Autor- João Carlos Figueiroa- Ano de 2002.
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Ata de reunião realizada na Câmara Municipal de
Botucatu, Edifício “Abílio Dorini”, com a finalidade de esclarecer e
definir as datas essenciais comemorativas de Botucatu |
Aos vinte e três dias do mês de janeiro do ano de dois
mil e três, reunidos na Câmara Municipal de Botucatu, Edifício “
Vereador Abílio Dorini”, os abaixo assinados, após exaustivas
discussões, resolvem propor, por consenso, que as datas em questão sejam
consideradas, pelos poderes constituídos, como as datas comemorativas
essenciais para a vida de Botucatu, acompanhadas de suas respectivas
significações e na ordem cronológica, a seguir elencada:
I- Dia 23 de dezembro de 1843- Doação de terras para
criação do Patrimônio da Freguesia de Sant´Anna de Botucatu, pelo
Capitão José Gomes Pinheiro Vellozo, considerada para efeitos históricos,
a data da Fundação de Botucatu;
II- Dia 19 de fevereiro de 1846- Criação
da Freguesia do Distrito do Cimo da Serra de Botucatu;
III- Dia 14 de
abril de 1855- Elevação da freguesia á categoria de vila e emancipação
político- administrativa;
IV- Dia 20 de abril de 1866- Criação da
Comarca de Botucatu;
V- Dia 16 de março de 1876- Elevação da vila à
categoria de cidade.
Botucatu, 23 de janeiro de 2003
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Prefeitura Municipal de Botucatu
Estado de São Paulo
Lei nº 4.370 De 07 de abril de 2003
(Projeto de Lei de iniciativa do Vereador Caldas) “Dispõe
sobre as datas comemorativas alusivas à formação histórica de
Botucatu.”
ANTONIO MARIO DE PAULA FERREIRA IELO, Prefeito Municipal
de Botucatu, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara
Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:
Art. 1º. As datas comemorativas alusivas à formação
histórica de Botucatu ficam assim cronologicamente definidas:
I - Dia 23 de dezembro de 1843 — Doação de terras
para a criação do Patrimônio dá Freguesia de Sant’Anna de Botucatu,
pelo Capitão José Gomes Pinheiro Vellozo, considerada, para efeitos
históricos, a data de Fundação de Botucatu;
II - Dia 19 de fevereiro de
1846 — Criação da Freguesia. do Distrito do Cimo da Serra de Botucatu;
III - Dia 14 de abril de 1855 — Elevação da freguesia à categoria de
vila e emancipação político-administrativa;
IV- Dia 20 de abril de 1866
— Criação da comarca de Botucatu;
V- Dia 16 de março de 1876 —
Elevação da vila à categoria de cidade.
Art. 2º. As datas comemorativas, mencionadas no artigo
anterior e seus incisos, deverão ser assim consideradas em documentos e
publicações oficiais e deverão ser incorporadas ao currículo dos
estabelecimentos de ensino infantil, fundamental e médio, localizados no
Município.
Art. 3º O Art. 20.da Lei n0. 3880, de 7 de abril de
1999, passa a ter a seguinte redação.
“Art. 2º. — É feriado municipal o dia 14 de abril,
em comemoração ao Dia de Botucatu, alusivo a sua emancipação
político-administrativa.”
Art. 4º• Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação. Botucatu, 07 de abril de 2003
Botucatu, 07 de abril de 2003
ANTONIO MÁRIO DE PAULA FERREIRA IELO
PREFEITO MUNICIPAL
Registrada na Divisão de Secretaria e Expediente aos 07 de abril de 2003,
147º ano de Emancipação Político-administrativa de Botucatu. A CHEFE
DA DIVISÃO DE SECRETARIA E EXPEDIENTE,
VILMA VILEIGAS
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CÂMARA MUNICIPAL DE BOTUCATU
PROJETO DE LEI N0. 001 de 27 de janeiro de 2003
JUSTIFICATIVA
A referência às datas comemorativas alusivas
formação histórica de Botucatu tem sido bastante confusa conforme
atesta o brilhante e conciso artigo do historiador e botucatuense emérito
João Carlos Figueiroa, anexo a esta justificativa (DOC. 1)
O início da
formação histórica de Botucatu, perde-se nos idos do século XVII,
conforme competentemente historiado por muitos botucatuenses.
Em meados do
século XIX, porém, sucedem-se fatos que marcam a constituição formal e
legal de nosso município. Em 23 de dezembro de 1843, o Capitão José
Gomes Pinheiro promove a doação das terras para a instituição do
Patrimônio da Freguesia de Sant’Anna de Botucatu (DOC.2 e 3) e em 19 de
fevereiro de 1846 é criada, neste local, a Freguesia do Distrito do Cimo
da Serra de Botucatu. Este núcleo original ascende em importância
passando à condição de vila (em 14 de abril de 1855), comarca (em 20 de
abril de 1866) e, finalmente, à categoria de cidade, em 16 de março de
1876.
Esta multiplicidade de datas propiciou alguma confusão, com
respeito a seu significado histórico. Basta dizer que a fundação de
Botucatu já foi comemorada no 23 de dezembro e no 19 de fevereiro. A Lei
Orgânica do Município de Botucatu, em vigência, define o 14 de abril
como “data de fundação” do município, quando, sabidamente, nesta
data se comemora a emancipação político administrativa de Botucatu,
que, obviamente, já havia sido fundado em data anterior a 14 de abril de
1855 (tramita na casa, projeto promovendo a retificação deste equivoco).
Para completar este quadro de desencontros, a Lei n0 3880, de 7 de abril
de 1999, em vigência, refere-se a 14 de abril como sendo “a data de
comemoração do aniversário da cidade”. (grifos nossos).
Tal
situação tem resultado em muitos equívocos expressos no ensino da
história de Botucatu, em documentos, publicações, etc, impondo a
necessidade de uma clara definição do significado de cada data.
A
elaboração deste projeto baseou-se em estudos da história de Botucatu e
sobretudo, na farta documentação colhida por Paulo Pinheiro Machado
Ciaccia e César José Maria Ribeiro, que, em parte, anexamos a esta
justificativa (Docs. 4 a 9).
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Com base nesta documentação e em Resolução baixada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no ano de 1943 (ver
DOC. 10) delineou-se a data de 23 de dezembro como aquela que deva ser
considerada, para efeitos históricos, como sendo a de “Fundação de
Botucatu”. Do ponto de vista semântico e jurídico, fundar é criar,
instituir e fundação o ato de, por doação de bens, instituir
patrimônio destinado a fins de utilidade pública. Estes significados
apontam para o 23 de dezembro de 1843, como data em que se procedeu a
fundação de Botucatu, ou seja, sua criação mediante a doação das
terras destinadas a instituição do Patrimônio da Freguesia de Sant’Anna,
pelo Capitão José Gomes Pinheiro.
Por fim, afim de compartilhar este
projeto e sua justificação com especialistas e interessados na matéria,
realizamos, em 23 de janeiro de 2003, na Câmara Municipal, reunião com
os Senhores Francisco Marins, João Carlos Figueiroa, Trajano Carlos de
Figueiredo Puppo, Hélio Donato, Olavo Pinheiro Godoy, Paulo Pinheiro
Machado Ciaccia, Cesar José Maria Ribeiro, João Alberto Pires de Campos,
Moacir Bernardo, Eugênio Monteferrante Netto e Adolpho Dinucci Venditto,
que, após exaustivas discussões, manifestaram sua concordância em torno
das datas comemorativas alusivas à formação histórica de Botucatu, nos
termos do presente projeto, conforme Ata original anexa (DOC. 11).
Assunto desta magnitude, de absoluto interesse à memória
e à construção da identidade do Município e do povo de Botucatu,
certamente merecerá a atenção dos nobres colegas vereadores a quem
solicitamos apoio para unânime aprovação do projeto.
Plenário Ver. “Laurindo Ezidoro Jaqueta”, 27 de
janeiro de 2003
Vereador Autor CALDAS
PC do B
Correção histórica- Foi descerrada na manhã de
ontem, a placa de identificação das datas de doação de terras para a
criação da freguesia de Santana de Botucatu, criação da freguesia do
Distrito do Cimo da Serra e emancipação política e administrativa de
Botucatu, da estátua do fundador da cidade capitão Gomes Pinheiro,
corrigindo imprecisões históricas.
Diário da Serra, 18 a 22 de abril de
2003 - página16
HISTÓRIA – Reinauguração corrige um erro de seis
anos, período pelo qual ostentou uma data de fundação errada.
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A história de Botucatu na base da
estátua do capitão
Gomes Pinheiro
Escultor da estátua - Pedro César
Ao som da canção oficial do município, “Saudades de
Botucatu”, de Angelino de Oliveira, foi descerrada na manhã de ontem, a
faixa de reinauguração da placa de identificação das datas de doação
de terras para a criação de freguesia de Santana de Botucatu, criação
da freguesia do Distrito de Cimo da Serra e emancipação política e
administrativa de Botucatu, da estátua do fundador da cidade capitão
Gomes Pinheiro, localizada na praça das Bandeiras.
A solenidade teve
início por volta das 9 horas e contou com a presença de autoridades
municipais entre elas o prefeito municipal Antônio Mario Ielo; a
dirigente regional de Ensino Rosa Procópio Bononi; vereadores, Júnior
Colenci, Antônio Luiz Caldas Júnior, Luiz Rúbio, Domingos Chavari Neto,
Ednei Lázaro da Costa Carreira, além dos trinetos do fundador do
município, Paulo Pinheiro Machado Ciaccia e Cesar Ribeiro.
A
reinauguração corrige um erro de seis anos, período pelo qual a
estátua ostentou em sua base uma placa exibindo como data de fundação
do município dia 14 de abril de 1855. Agora o monumento apresenta em seu
pedestal as verdadeiras datas comemorativas: 23 de dezembro de 1843
(doação de terras para a criação do Património da Freguesia de Santana
de Botucatu) e 19 do fevereiro de 1846 (criação da freguesia do Distrito
do Cimo da Serra de Botucatu).
Para Francisco Marins, orador oficial da
cerimônia, a reinauguração foi a solenidade mais importante dos
festejos de 148 anos de emancipação política e administrativa da
cidade, representando um marco para a história local.
“O monumento
passa a ser um fixador das datas históricas municipais. estabelecendo
pontos básicos do aprendizado histórico com precisão”, coloca, Marins
explica que é necessário reforçar entre os botucatuenses a história e
deixar claro que o aniversário comemorado em 14 de abril é da
emancipação política e destacando que na verdade Botucatu tem 160 anos
e foi fundado em 23 de dezembro.
“Isso pode ser comprovado na cópia dos
documentas da doação do terras, que mantenho à disposição para
consultas no Espaço Cultural Convivium e que considero de fundamental
importância para resgatar o verdadeiro aniversário de fundação”,
disse ontem em seu discurso.
Renato Fernandes- Editora de Cotidiano
Diário da Serra, 18 a 22 de abril de 2003-
Página 16
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Prefeito Antônio Mário de Paula Ferreira Ielo
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O descerramento da faixa de reinauguração reuniu autoridades municipais
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O escritor Francisco Marins com
as cópias do documento de doação |
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Botucatu completa hoje 160 anos
Hoje, 23 de dezembro, Botucatu esta fazendo aniversario.
Não, a informação não esta errada. Há 160 anos, em 1843, o Capitão
José Gomes Pinheiro, membro das Antigas Ordenanças do Imperador, doou
parte de suas terras para a criação da freguesia de Sant´Anna, que, em
14 de abril de 1855, seria elevada a categoria de vila do Cimo da Serra de
Botucatu, obtendo sua emancipação político - administrativa de
Itapetininga.
Além dos dias de fundação e emancipação, a história de
Botucatu, ainda reconhece como importante o dia 19 de fevereiro de 1846
– criação da Freguesia. A confusão entre essas três datas
históricas da cidade já existe há algum tempo.
“Até 1943, os
cidadãos botucatuenses comemoravam o aniversario da cidade em 19 de
fevereiro. Foi quando a Prefeitura recebeu uma carta do Conselho Nacional
da Geografia - que contava a idade de Botucatu a partir do dia de
fundação, 23 de dezembro de 1843- felicitando a cidade pelo centenário”
- conta João Carlos Figueiroa, radialista e estudioso da história de
Botucatu.
“Então, de 1943 a 1952, passou-se a comemorar o aniversário
da cidade no dia 23 de dezembro. Nesse ano, após uma nova mudança,
fixou-se como data comemorativa da cidade o dia 14 de abril, da
emancipação política e administrativa”.
Em 14 de abril de 1997 foi
inaugurada, na Praça das Bandeiras, em frente à Diretoria Regional de
Ensino, uma estátua do Capitão José Gomes Pinheiro, juntamente com uma
placa. Essa placa fixava a data de falecimento do Capitão em 8 de março
de 1848 e o nomeava fundador de Botucatu. Essas informações estão
certas. O que estava errado na placa era o dia de fundação da cidade: 14
de abril de 1855.
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Figueiroa: confusão com
as datas do aniversário
“Isso criou uma polêmica: como José Gomes Pinheiro
poderia ter fundado a cidade em 1855 se ele morreu em 1848 ?”, explica
Paulo Pinheiro Machado Ciaccia, descendente do capitão. Para resolver
essa confusão, o monumento foi inaugurado em 2003.
Após esses
acontecimentos, em 7 de abril de 2003, foi aprovada a Lei Municipal 4.370,
de autoria do vereador Antonio Luiz Caldas Jr. (PCdoB), que “dispõe
sobre as datas comemorativas alusivas à formação histórica de Botucatu”,
enumerando os dias mais importantes da história da cidade e determinando
como feriado municipal o dia 14 de abril - data da emancipação
político-administrativa.
“Botucatú tem 160 anos de existência, e não
148. Vamos continuar comemorando o dia 14 de abril, mas essa confusão tem
de ser desfeita. Os 148 anos da cidade são referentes à emancipação
política”, ressalta Ciaccia.
“Cada cidade trabalha com a data que
quiser. Umas comemoram a criação da Freguesia, outras o dia da doação
de terras. Botucatu comemora o dia da elevação à vila. É legítimo
comemorar o dia 14 de abril”, diz Figueiroa.
Para Ciaccia e Figueiroa,
essa confusão só existe “porque a história municipal não é ensinada
nas escolas da cidade”.
Para quem quiser conhecer um pouco mais da
história de Botucatu pode ler “A História do Capitão José Comes
Pinheiro”, de Olavo Pinheiro Godoy;’ “Botucatu Antigamente”,.
Trajano Carlos de Figueiredo Pupo; “Achegas para a História de Botucatu”,
de Hernâni Donato; “Revista da História - Botucatu”, de João Carlos
Figueiroa; “Árvore Genealógica da Família Pinheiro Machado”, de
Paulo Pinheiro Machado Ciaccia; entre outros disponíveis no Centro
Cultural de Botucatu. (colaborou Renato Fernandes)
Tadeu Breda - Diário da Serra - 23/12/2003
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História A cidade sob a benção de Sant´Anna
Nesta segunda-feira, 26 de julho, Botucatu comemora o
dia de sua padroeira: Sant´Anna. Com a ajuda do historiador Paulo
Pinheiro Machado Ciaccia, trineto do Capitão José Gomes Pinheiro,
fundador da cidade, o Diário traz detalhes da forte relação que a
cidade mantém com a santa, cuja primeira imagem (foto) a chegar por aqui
encontra-se em poder do escritor Francisco Marins.
Diário da Serra, Domingo a Terça-feira, 25 a 27 de
julho de 2004
Primeira imagem de Sant´Anna foi doada pela
esposa do
capitão José Gomes Pinheiro
Pode se dizer que quase todos os botucatuenses estarão
contentes ou, pelo menos, satisfeitos amanhã, afinal, é feriado, 26 de
julho – Dia de Sant´Anna – padroeira da cidade.
Grande parte daqueles
que são católicos possivelmente já apreciou a imagem da santa situada
em um dos altares da Igreja Matriz Metropolitana de Botucatu, mas poucos
se prendem na história que levou Sant´Anna a se tornar padroeira do
município. Quantos será que sabem que a imagem situada na Catedral não
é a única e nem a primeira?
A reportagem do Diário da Serra conversou
com o pesquisador Paulo Pinheiro Machado Ciaccia, para que ele contasse um
pouco de como Sant´Anna se tornou a padroeira de Botucatu. Ciaccia conta
que em 23 de dezembro de 1843, o capitão José Gomes Pinheiro – que é
seu trisavô e foi proprietário da Fazenda Monte Alegre – oficializou a
doação de terras (aproximadamente 120 alqueires) para o Patrimônio da
Igreja de Nossa Senhora Sant´Anna. “Era o terreno onde futuramente se
formaria a freguesia de Sant´Anna, que hoje é Botucatu”, comenta.
Ciaccia explica que a doação feita a Sant´Anna aconteceu devido a dois
motivos: um deles era que a esposa do capitão José Gomes Pinheiro se
chamava Anna Florisbella, que era natural da cidade de Sant´Anna do
Parnaíba. Além disso, ela era uma mulher com grande devoção a
Sant´Anna – avó de Jesus Cristo. “Ele quis fazer uma grande
homenagem à esposa, que tinha trazido de sua cidade uma imagem de
Sant´Anna”. A primeira imagem da padroeira de Botucatu” diz o pesquisador.
Em 19 de fevereiro de 1846, foi então criada a freguesia de
Sant´Anna, naqueles terrenos que haviam sido doados pelo capitão José
Gomes Pinheiro. No dia 14 de abril de 1855, a então freguesia de
Sant´Anna foi elevada à Vila (município).
Construção da 1º Igreja – Dia 15 de outubro de 1845, um ano antes de ser criada a freguesia de
Sant´Anna, a população solicitava a construção de uma capela para a
santa.
Como dona Anna Florisbella tinha uma imagem de Sant´Anna, foi
então erguida a primeira Igreja da padroeira, na Praça Coronel Moura (Paratodos).
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Imagem trazida de Sant' Anna do Parnaíba, por Anna Florisbella,
esposa do capitão
Mas com o passar do tempo o espaço foi ficando pequeno para os fiéis, em
12 de julho de 1876, o então bispo diocesano de São Paulo, dom Lino
Deodato Rodrigues de Carvalho, concordou com a proposta de construção de
uma nova igreja para Sant´Anna. Em 8 de julho de 1886, o padre Pascoal
Ferrari, então pároco de Botucatu, viu a real necessidade de se
construir uma nova igreja que servisse como matriz. Foi então construída
a Velha Catedral – que era situada na Avenida Dom Lúcio, em frente onde
hoje se encontra a Catedral Metropolitana. A capela mor foi benzida no
Natal de 1892.
A partir de então a igreja de Sant´Anna passou a ter sede
na avenida Dom Lúcio e o antigo local (Praça Coronel Moura) passou a ter
como santo padroeiro São Benedito. Esta transferência foi feita com
autorização canônica. Em 1918, Dom Lúcio Antunes de Souza desacraliza
a velha 1ª Igreja de Sant´Anna, que já tinha Santo Benedito como
padroeiro. É então que a igreja de São Benedito passa a se situar onde
é hoje, na Rua João Passos.
Peregrinação da imagem – já que uma
igreja maior precisaria de uma imagem proporcionalmente compatível, a
antiga imagem de Sant´Anna foi parar nas mãos de Rita Cândida Noronha
Nogueira do O´, sobrinha de Francisco de Assis Nogueira, da tradicional
família Nogueira de Botucatu, representada por nomes como o escritor
Alcides Nogueira, o deputado Braz de Assis Nogueira, Moacir Fabiano e
outros. “Ainda que grande parte da família Nogueira tenha se convertido
ao protestantismo, Rita guardou consigo a imagem até entregá-la a um dos
mais famosos folcloristas de Botucatu, Alceu Maynard de Araújo, também
descendente da família Nogueira”, continua Ciaccia.
Em 1960 Maynard
entrega a imagem como legado, ao escritor botucatuense Francisco Marins,
já que este havia publicado a obra “Clarão na Serra”, que conta a
saga do capitão José Gomes Pinheiro. Ainda hoje, o escritor guarda a
imagem em sua residência. “É uma imagenzinha tosca, de uns vinte
centímetros de altura por uns dez de base. Representa o grupo clássico
de uma velha senhora sentada em sua sedia, tendo arrimada aos joelhos uma
jovenzinha ouvindo-lhe os ensinamentos”, cita um trecho da crônica “Sant´Anna
de Botucatu”, escrita pela professora Elda Moscogliato e publicada no
jornal A Gazeta de Botucatu, em 18 de abril de 1997, fazendo referência
à primeira imagem da padroeira de Botucatu.
Diário da Serra, Domingo a Terça-feira, 25 a 27 de
julho de 2004
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Genealogia
O clã dos Souza Nogueira
Paulo Pinheiro Machado Ciaccia
Na edição do Diário da Serra de 25 a 27 de julho de
2004, no artigo História – A cidade sob a bênção de Sant´Anna –página
A9, onde se lê Rita Candida Noronha Nogueira do O´ neta de Francisco de
Assis Nogueira, leia-se sobrinha de Francisco de Assis Nogueira.
Rita
Candida, casada com Joaquim de Sousa Pinto, era filha de Maria Honoria
Nogueira e Felix José de Noronha.
Francisco de Assis Nogueira, casado com
Anna Theodora Teixeira, era irmão de Maria Honoria Nogueira. Portanto,
Rita Candida era sobrinha de Francisco de Assis Nogueira.
Portando, Rita Candida era sobrinha de Francisco de Assis Nogueira.
Conforme Luiz
Gonzaga da Silva Leme em sua Genealogia Paulistana – vol 6º, pág 430,
ano de 1905, os irmãos de Rita Candida têm o sobrenome Nogueira de
Noronha. Os filhos de Rita Candida constituem os Sousa Nogueira.
A
Família Nogueira é descendente de D. Thomé Rodrigues Nogueira do O´,
Capitão-Mór, fundador da Capella Mór de Nossa Senhora do Monte Serrate
de Baependy, Minas Gerais, onde foi sepultado.
Aliás, uma filha de D.
Thomé, Anna de Jesus Nogueira, casada com Antonio de Sousa Ferreira,
forma nessa época (idos de 1750) a família Sousa Nogueira.
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Em seu
detalhado trabalho genealógico (disponível no Centro Cultural de
Botucatu) sôbre a Linhagem Genealógica de D. Thomé Rodrigues do O´,
casado com Maria Leme do Prado, a professora Odete Castanheira de Souza,
casada com Nelson de Souza, relata Rita Candida como sendo Rita Candida
Nogueira Noronha do O´.
Os artigos 87,89 e 94, de Sebastião de Almeida
Pinto, publicados no Correio de Botucatu em 1971, relatam o clã dos Souza
Nogueira.
Esta explicação se deve ao fato que naquela época (Rita
Candida nasceu provavelmente em 1825), eram as mulheres que designavam o
último sobrenome às famílias. A onomástica portuguesa era um tanto
desordenada, predominando então a maneira espanhola, quando não se
adotava o nome do progenitor mais querido ou de acordo com a importância
social, política ou econômica da família.
O certo é que Rita Candida
Noronha Nogueira do O´ ou Rita Candida Nogueira Noronha do O´ constitui
a mesma senhora que resgatou a primeira imagem de Sant´Anna e que
através de Alceu Maynard de Araújo, hoje está sob a guarda do casal
Sra. Elvira / Dr. Francisco Marins.
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