14 - A GENTE DE NHÔ FAÉ
O Coronel Raphael Augusto de Moura Campos, na intimidade, entre familiares e amigos, era conhecido por Nhô Faé. Do seu casamento com sua prima Anna Joaquina de Arruda ( comemoraram bodas de ouro ), houve grande descendência. Seus filhos foram: Salomé, casada com o advogado e historiador Dr. João Nogueira Jaguaribe; Anna Cândida, foi casada com o Desembargador Dr. Antonino do Amaral Vieira; Dr. Raphael de Moura Campos Filho, Engenheiro, que foi Tabelião em São Manuel, casado com dona Carlota Rodrigues Torres; Major Antonio de Moura Campos,casado com sua prima Emília Moura Campos; Eulália,casada com seu primo Dr. Joaquim do Amaral Gurgel; e Dr. Cantídio de Moura Campos,casado com dona Berth Martins Costa. Desses filhos, genros e noras, são vivos apenas o Dr. Cantídio e senhora, residentes na Capital, e o Dr. Joaquim do Amaral Gurgel, residente em Botucatu. O Cel.Raphael Augusto de Moura Campos faleceu na Capital do Estado, em 9 de abril de 1918, sendo sepultado em Botucatu. O Dr. João Nogueira Jaguaribe, era cearense. Foi Juiz Municipal em Tietê. Depois, deixando a magistratura, passou a advogar em São Manuel. Historiador, deixou vários trabalhos sobre Botucatu, publicados em o “Correio de Botucatu”. Não deixou descendentes. O Dr. Raphael Moura Campos Filho, era casado com uma irmã do Dr. Mario Rodrigues Torres, que, por sua vez, consorciou-se com uma neta de Nhô Faé. Os filhos do Dr. Faézico foram: Sílvio, Helena, Rafael, Léa e Agostinho. O Dr. Antonino do Amaral Vieira, deixou os filhos: Leonidas, que foi Deputado Estadual; Eulalina, ex-professora da Escola Normal de Botucatu, casada com o Dr. Mário Rodrigues Torres; Iracema, professora, casada com o Prof. Gastão Pupo; Luiza, professora, casada com o farmacêutico Dr. Clóvis de Avellar Pires. Os professores Silvio, Josefina, Dalila, e os médicos Cícero e Franklin de Campos Gurgel, são filhos do Dr. Joaquim do Amaral Gurgel. Este vulto de destaque em Botucatu, onde exerce sua profissão de engenheiro, foi Vereador e Prefeito Municipal. Prestou relevantes serviços à cidade e ao município. Foi um dos elementos preponderantes na criação e instalação da PRF-8, Rádio Emissora de Botucatu. Goza de real prestígio em nossa terra, onde é acatado, respeitado e estimado. Foi Engenheiro da Central do Brasil, da Mogiana e da Sorocabana. É um dos protetores dos desfavorecidos da fortuna, dos pequeninos e humildes. Foi o “pai” do Hospital de Rubião Junior, onde funciona a Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas. O Major Antonio de Moura Campos, foi Vereador e Prefeito municipal. Chefe político do velho PRP, e depois Chefe do Partido Constitucionalista e do Partido Democrático. Deixou os filhos Mourinha e Celina, falecidos; Profa. Maria Laura e Dr. Raphael, Advogado e ex-Vereador, residente em Botucatu. O Dr. Cantídio de Moura Campos, único filho do Coronel Moura nascido em Botucatu , reside na Capital, onde é Professor Universitário, Catedrático da Faculdade de Medicina da USP e um dos Diretores do Hospital das Clínicas. Político de projeção, foi Deputado e Diretor de partidos em âmbito estadual e nacional. Quando Secretário de Estado, na pasta da Educação, criou a Escola Industrial de Botucatu, hoje Colégio Industrial “Dr. Armando de Salles Oliveira”. O Hospital Psiquiátrico de Botucatu, denomina-se “Prof. Cantídio Moura Campos”. São seus filhos: Maria Helena, Marcelo, Cantídio e Fernando. Os três filhos homens são médicos, e estão fazendo carreira universitária. Bisnetos e trinetos são em grande número, de se perder a conta. Alguns deles, eu os conheço bem, como os Drs. Rubens e Agostinho Rodrigues Torres, Drs. Rafael e Clóvis de Campos Avellar Pires, Drs. Trajano Pupo Neto e Celso Pupo, Drs. Antonio Francisco e Murilo de Moura Campos, e as professoras Regina Maura e Sílvia Gurgel, Cidinha e Maria Luiza Pires. No Velho Botucatu, havia um farmacêutico, o Sr. Cantídio Vianna, que foi casado com Anna Cândida ou Sinhára, sobrinha de Nhô Faé. Desse casamento, nasceu Luiza Vianna, Professora, residente em Botucatu. Dona Luizinha casou-se com o tieteense Antonio Mono de Castro, o popular Antoninho Mono, que foi porteiro do Instituto de Educação Dr. Cardoso de Almeida. Bom amigo, ótimo funcionário, foi Antoninho Mono, tão precocemente falecido, no ano passado. Quando eu fui diretor do IEECA, tive no “seu” Antoninho um grande auxiliar. Assíduo, dedicado, honesto, eficiente, trazia a Escola como um brinco. Na administração, na parte subalterna, não havia problemas. Seu Antoninho resolvia tudo. ( Correio de Botucatu – 16/07/1970)
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